Eu nunca fui o tipo de pessoa que sonhava em casar, que se emocionava com casamentos, que planejava futuro, casa, filhos, família, etc, etc, etc. NÃO MESMO! O que eu queria era morar sozinha, ter um apartamento bem grande e aproveitar a vida solteira. Sem ninguém pra encher o saco, pegar no pé e todas essas baboseiras do amor! E, até então, eu nunca havia namorado. E meus relacionamentos, nada sérios, não duravam mais que 3 meses.
Eu até já havia me apaixonado, mas nunca dava certo. E eu lembro perfeitamente do dia em que eu prometi pra mim mesma que não ia mais me envolver com ninguém por um looongo tempo, que esse negócio de se apaixonar só havia causado danos à minha vida sentimental. Eu tinha plena consciência de que eu precisava de um tempo pra mim, pra minha vida espiritual, pra faculdade que ia começar e pra tudo o mais. Os meus relacionamentos anteriores não haviam acrescentado nada de bom à minha vida, então era bem melhor passar um tempo sozinha. Já diz o ditado que "antes só que mal acompanhada". Eu era o tipo de pessoa que me entregava demais ao sentimento, ou desprezava demais o sentimento de quem estava comigo. Ou seja, tudo sempre acabava em lágrimas e desilusão. E chega uma hora que isso cansa! Sério!! Desgasta a gente com-ple-ta-men-te!
Mas tudo bem. Veio o carnaval e estava tudo absolutamente tranquilo. Os únicos garotos com quem lembro de ter conversado em todo o feriado foi o Ed e o Colares (amigos do colégio), que me ligavam só pra conversar besteira mesmo. O acampamento foi uma verdadeira benção e tudo estava sob controle, o meu controle (que fique bem claro). Só que a gente esquece que quem está no controle é Deus e não nós. E a gente NUNCA sabe o que Deus tem reservado pra gente!
O carnaval passou, e tudo continuava muito bem. E foi em um sábado de fevereiro mesmo, bem depois do carnaval, dia de culto jovem na Alvorada, que tudo estava começando. Nessa época nós ainda tínhamos o ministério de dança, que tinha os ensaios na igreja às 16h. E sempre que havia culto nós ficávamos direto e nos arrumávamos lá mesmo na Igreja. Eu já esta pronta pro culto, praticamente. Tinha descido pra buscar algo e, quando voltava ao quarto onde estavam as outras meninas, estavam na quadra: Diego e Rodrigo (uns amigo da igreja), Matheus e um desconhecido conversando. Eu sabia que o Matheus era primo do Diego, e lembrava que ele já tinha ido pra algum acampamento da Alvorada uns anos atrás. Mas só isso. Então eu passo um pouco longe deles quando Diego me cobra um boné seu que havia ficado comigo. Eu me aproximo, falo com ele e Rodrigo, e dou um "oi" meio sem graça pro Matheus e seu possível amigo. Depois de me explicar volto pro quarto. Não posso nem negar que sempre achei o Matheus lindo, e quem nunca achou?! E, de fato, ele realmente é. Mas nada havia surgido, nenhum interesse. Nada de diferente... nada a ver!
(continua...)
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